Aproveitando esse período de fim de ano, resolvi passar os olhos nos mangás que possuo lá em casa, e revi um dos melhores mangás que pude ler, comprar e colecionar, que é Death Note. Vale ressaltar que aqui estarei focando exclusivamente no mangá, não levarei em conta os acontecimentos do anime. Outra coisa, irei levar em consideração os nomes usados nas edições brasileiras do mangá. Logo, não venham me amolar a respeito disso, afinal pronuncia cada um tem a sua. E evitarei também soltar spoilers.
A história gira em torno de Light Yagami, típico estudante que por obra do acaso achou um caderno de cor preta no chão, propositalmente deixado ali por Ryuk, um Shinigami (Deus da Morte, numa tradução literal) que estava entediado. Porem o caderno é um tanto diferente, pois possibilita matar uma pessoa apenas tendo em mente o rosto e o nome da pessoa. Sendo mais descritivo quanto a morte, pode até manipular a pessoa antes dela ser morta, o que deixou Light perplexo com seu poder. Vendo que possuía um trunfo, e sabendo de suas capacidades, Light resolveu se incumbir da missão de salvar este mundo podre, e se tornar o seu novo Deus, usando o Death Note. A morte causada apenas por ter seu nome escrito, sem haver uma descrição da morte, causa óbito por parada cardíaca, fato relevado propositalmente pro Light, para todos saberem que alguém está punindo os criminosos, fazendo com que seja atribuído ao assassino o nome “Kira” (palavra que deriva de Killer – assassino). Este fato deixou o mundo inteiro apreensivo, fazendo com que o maior detetive do mundo, conhecido pelo pseudônimo de “L” comece a agir.
A história possui inúmeros personagens, cada um tendo o seu background. Dentre eles, irei citar alguns:
Light Yagami (Kira): Típico estudante de ensino médio, que vê no Death Note uma maneira de purificar este mundo, que segundo ele, está podre. Usa de sua inteligência, boa aparência e sociabilidade para alcançar seus objetivos.
Ryuk: Um Shinigami que desce ao mundo dos humanos, por estar entediado no mundo dos Shinigamis, deixando cair propositalmente um Death Note. Apesar de Shinigamis não precisarem comer, Ryuk tem o vicio de comer maçãs.
L: Conhecido por ser o maior detetive do mundo, se viu interessado pela onda de assassinatos causados por parada cardíaca e resolveu começar a investigar. Possui uma aparência desleixada, se senta de maneira esquisita e segura as coisas com a ponta dos dedos.
Soichiro Yagami: Diretor da Policia Japonesa e pai de Light, se propõe junto de sua equipe para ajudar L no caso Kira. Possui um forte senso de justiça e está disposto a capturar Kira, não importe os meios.
Aizawa: Um dos membros da policia japonesa. Tem forte senso de justiça, e de inicio não confiou em L, por não estar mostrando seu rosto. Um dos poucos, junto de Soichiro a possuir esposa e filhos.
Matsuda: O mais jovem dentre os policiais japoneses, é bastante energético, causando às vezes desconforto entre os membros mais sérios do grupo. De inicio, não se envolve tanto na história, mas se torna peça importante no decorrer da trama.
Mogi: O mais sério dentre os membros, chegando a não soltar uma fala em algumas histórias. Porem a falta de comunicação é compensado em sua eficiência.
Watari: Pessoa que serve como contato para os que querem falar com L, sendo uma espécie de intermediário. Também fornece a L alguns itens usados durante a investigação.
Há ainda inúmeros personagens que aparecem nesta primeira fase, mais alguns que figuram a partir da segunda, mas é valido lerem o manga para conhecer cada um deles, afinal até mesmo os coadjuvantes são interessantes.
Os dois principais idealizadores desta obra prima são Tsugumi Ohba, criador da história e Takeshi Obata, famoso mangaká que já trabalhou em Hikaru no Go, Blue Dragon e em Bakuman, também com Ohba fazendo parte. O traço de Obata é rico em detalhes, principalmente em se tratando de texturas, seja metálica, seja em couro, etc. Outro trabalho que Obata encabeçou foi a arte do jogo Castlevania: Judgement, que apesar de mudar a estética da série, os personagens estão extremamente detalhados.
Normalmente associam histórias bobas e engraçadas quando se falam em mangás, porem em Death Note a história é outra. O clima é bastante denso e adulto, a história é consistente e verossímil, justificando o excesso de falas e teorias, que são validas, se formos considerar existência dos seres citados. Aliás, há momentos em que a trama é tão densa que nos esquecemos da existência de Shinigamis ou de cadernos da morte. As temáticas abordadas no anime vão desde o misticismo puro, indo até o fanatismo, seja religioso ou por uma pessoa em especifico, não ficando preso apenas ao tema policial e investigativo.
Death Note foi lançado aqui no Brasil, e rendeu 12 edições, alem de uma 13ª especial com dados extras, entrevistas com Ohba e Obata, alem de um brinde especial, que é um card contendo o nome real de L. Só para constar, eu tenho as 13 edições, e não as vendo =D.
Para acabar esta matéria, digam ai nos comentários qual é seu personagem preferido, o que achou do final, Light estava certo em querer purificar o mundo? Comente tudo isso ai embaixo.