Olá pessoas, aqui é o Wesley Pires com mais uma matéria no Nihon no Sekai. Vou falar a respeito de uma série que foi a porta de entrada para o meu gosto por mangás aumentar, além de ser a minha principal influência quando comecei a desenhar, que é Samurai X.
Samurai X (Rurouni Kenshin, no original) foi criado por Nobuhiro Watsuki e começou a ser publicado em 1994 pela Shonen Jump. Porém, antes de começar a publicação, Watsuki havia mandado outros Oneshots (pequenas histórias) para a Shonen Jump, mostrando alguns personagens que seriam conhecidos posteriormente em sua obra principal. Em 1996, o anime começou a ser transmitido, tendo em vista o enorme sucesso do mangá, totalizando 96 episódios e chegando ao Brasil em 1999.
A história foca no personagem Kenshin Himura, um andarilho que leva consigo uma espada de lâmina invertida (“Sakabatou”, no japonês) e um passado cheio de sangue. Durante o período conhecido como Bakumatsu (ou “Final do Shogunato”) Kenshin era conhecido como “Battousai, o Retalhador” e trabalhava em favor dos monarquistas para trazer uma nova era ao Japão. Essa nova era veio e, junto com ela, veio a promessa de Kenshin de nunca mais matar. Durante 10 anos, Kenshin vagou pelo Japão escondendo sua identidade como Battousai até chegar ao Dojo Kamiya, comandado pela mestra substituta Kaoru Kamiya. A partir deste encontro, vários outros personagens cativantes e peculiares aparecem no decorrer da história, citarei alguns:
Yahiko Myoujin: Um trombadinha encontrado por Kenshin e Kaoru, que acaba se tornando o único aluno do Dojo Kamiya. Descendente de uma família de ex-samurais, Yahiko tem um senso de justiça incomum para a sua idade e ganha rapidamente habilidades no kenjutsu, apesar de ser boca suja e desrespeitoso com os adultos. Só para constar, é meu personagem favorito.
Sanosuke Sagara: O primeiro adversário forte que Kenshin enfrenta no mangá. Sanosuke luta contra Kenshin com uma Zanbatou (“Espada que corta cavalos”, por conta do seu imenso tamanho) mas, ao ser derrotado, luta de mãos vazias, sendo um perito em brigas. Uma característica notável é o ideograma que ele carrega em suas costas, simbolizando o “mal”. É frequentemente chamado de “Crista de Galo”, em virtude do formato do seu cabelo.
Megumi Takani: Médica que acaba sendo salva por Kenshin e Sanosuke, após ser perseguida por capangas do Kanryuu Takeda (um traficante de drogas que fazia Megumi fabricar ópio). Acaba residindo no consultório do Dr. Oguni tratando os constantes ferimentos dos personagens. É sempre associada como uma “raposa”.
Aoshi Shinomori: Líder da Oniwabanshuu, chamado de Okashira. Estava aliado a Kanryuu Takeda até ter os membros mortos por Kanryuu e ter perdido para Kenshin. Após lutar mais uma vez contra Kenshin na base de Makoto Shishio, Aoshi se alia a ele.
Hajime Saitou: Durante o Bakumatsu, foi o Capitão da Terceira Divisão do Shinsengumi, uma tropa que tinha a função de conter os ataques por parte dos monarquistas. Lutou por várias vezes contra Kenshin enquanto ele era Battousai, até que veio a Era Meiji e ele reaparece como o policial Gorou Fujita, sendo um tipo de antagonista na série e não se aliando a ninguém.
Há outros personagens com suas peculiaridades porém deixarei que vejam por si mesmos, senão esta coluna vai longe.
No mangá, a série foi dividida em 3 partes, somando algumas sagas pequenas: Saga da Oniwabanshuu, Saga do Shishio e a Juppongatana e a Saga da Justiça dos Homens, que foi excluída do anime, dando lugar à Saga dos Cristãos, com Shougo Amakusa. A Saga da Justiça dos Homens (“Jinchuu” no original) conta a história de Enishi Yukishiro, irmão mais novo de Tomoe Yukishiro/Himura, esposa de Kenshin. Na minha opinião, a melhor saga do mangá. Watsuki, no decorrer da série, tem uma melhora incrível em seu traço, como podemos ver abaixo:
O mangá foi trazido para o Brasil pela JBC em 2001 e eu posso dizer que tenho todos os mangás lançados e não vendo nem sob tortura. Para os que gostam de cenas de lutas bem feitas, espadas, Japão Feudal, muito humor e até mesmo um romance, Samurai X é O mangá.
E só para constar, “oro” significa “hã?”, “hein?”, “como?” e outras variantes que expressam dúvida.